Uma dimensão paralela. Onde esta é a única porta de ligação. Aquilo que ninguém conhece. Aquilo que está bem escondido por dentro de um recipiente banal.Aquela dimensão que toda a gente esconde mas só alguns dão a conhecer.Eu sou uma delas.

terça-feira, janeiro 24, 2006

PORQUE EXISTEM SEMPRE MOTIVOS PARA RIR...

AQUÁRIO:
Poderá começar a pôr em andamento os seus novos projectos com boas perspectivas de sucesso.
In: Jornal de Notícias
Quarta-Feira, 24 de Janeiro de 2006

Depois de um dia como foi o de hoje, decidi comprar o jornal e deparei-me com isto. Fui para casa, voltei a abrir o jornal e sorri irónicamente abanando a cabeça. Deitei-me e voltei a abrir a mesmíssima página. Tornei a ler. Ri-me até adormecer.
Afinal não são só os políticos que ganham a vida a enganar os portugueses.

sábado, janeiro 07, 2006

UM NOVO ANO.UM NOVO ESTÁGIO.UMA NOVA MENTALIDADE.

Idade:71
Sexo:feminino
Causa de Morte: pneumonia bilateral
Data do óbito:02/01/06

Idade:19
Sexo: masculino
Causa de morte: acidente de viação
Data do óbito: 01/01/06

Idade:26
Sexo: masculino
Causa de morte: Precipitação de um viaduto (suicídio)(01/01/06)
Data do óbito: 03/01/06

Idade:1 ano 3 meses
Sexo: masculino
Causa de morte: Queda varanda 3º andar
Data do óbito: 05/01/06

Não passam de letras, números. Não vão passar de mera estatística. Não vão passar de o conteúdo de um relatório de estágio no Instituto de Medicina Legal do Porto.


Eu podia começar a dissertar sobre este assunto e concluir que a vida é efémera…uma viagem.. blá, blá, blá….
Cliché.
Acreditem que eu antes desta semana era do mais céptica em relação a dimensões espirituais, outras vidas, energias. Defensora acérrima da ciência. Ver para crer. Só é credível se for palpável. Confirmável. Passível de ser testado e experienciado.
Hoje sei que estava errada.
Porque esta semana. Naquele frio. Naquela marquesa. Debaixo daquela luz forte e de meia dúzia de pares de olhos, não estava uma pessoa. Estava qualquer coisa. E digo “coisa” porque este era o sentimento que tinha. Não havia elo de ligação. Como se estivesse ali uma colher, um sapato, uma cadeira. Não senti aquilo que sinto quando vejo um desconhecido. Alguém a dormir.

Há mais qualquer coisa para além de um corpo. Algo que nos une, que nos toca, que diferencia. Algo que não é visível, palpável, confirmável, passível de ser testado e experienciado. E esse foi o meu erro. Porque esqueci me do “sentir”. Esqueci me de ouvir o coração.

E que grande erro o meu. Como defensora acérrima da ciência já deveria saber um dos maiores princípios da física. Toda a matéria se transforma. Nada deixa de existir, transforma-se. Sendo assim, a morte não existe. Nunca morremos. Mutamos.

Sendo assim, e citando o autor Brian Weiss em “Só o amor é real”, o corpo é apenas um automóvel em que nós somos os condutores. Vamos apreciar bem a viagem que o automóvel nos proporciona. No entanto, não vamos insistir num automóvel com mais de 500000km se podemos trocar por outro novo. Um automóvel novo. Uma nova viagem. Quem sabe até nos pode sair um Ferrari.